Quem não sabe se comunicar deve liderar?

Publicado em

outubro 24, 2025

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Pergunta difícil, não?

A resposta é menos óbvia do que parece. Afinal, continuamos promovendo pessoas que não sabem se comunicar.

E aqui vai a má notícia: se nada for feito, essa habilidade não melhora com o tempo.

Pesquisas de Stanford, MIT e Forbes mostram um dado consistente: a maioria dos líderes acredita que se comunica muito melhor do que suas equipes pensam. Quanto mais alto o cargo, maior o abismo entre intenção e percepção.


O MIT Sloan constatou que até os principais líderes têm dificuldade em garantir a compreensão da estratégia por toda a organização. A Stanford GSB confirma: a falta de comunicação é uma fraqueza estrutural entre executivos. 

E pesquisas da Axios e da People + Science revelam que apenas uma fração dos funcionários se sente realmente alinhada com a liderança ou ouvida por ela.

O preço da má comunicação dos líderes

A falha de comunicação tem um custo alto. Um estudo da Johns Hopkins Carey Business School, que analisou 50 anos de pesquisas sobre comunicação de liderança, concluiu que a forma como líderes se comunicam impacta diretamente a motivação, o humor, o comportamento ético e a confiança de seus times. 

Tudo isso influencia o quanto as pessoas querem apoiar a organização e entregar o melhor de si, por exemplo. 

Em outras palavras: líderes muitas vezes não perdem performance por falta de técnica, perdem por falta de comunicação.

Por que a comunicação continua sendo o maior gargalo na liderança

Há uma infinidade de treinamentos de comunicação no mercado. Ela está presente em praticamente todos os Programas de Desenvolvimento de Líderes (os famosos PDLs). Mesmo assim, a comunicação continua sendo o calcanhar de Aquiles da liderança.

Por quê?
Porque comunicação é um metaconceito

Ou seja, é uma habilidade que se confunde com outros conceitos, e o principal deles, é a própria liderança. Por exemplo, nos PDLs, é comum que a parte de liderança seja sobre comunicação não violenta, como dar feedback de diferentes formatos, ou em como compartilhar evidências em processos de gestão de desempenho. 

Tudo isso é essencial, claro. Mas nada disso resolve o problema real: a incapacidade de transmitir uma ideia com clareza, propósito e impacto, gerando engajamento e performance.

Como desenvolver a comunicação de gestores de pessoas

Desenvolver a capacidade de comunicação de líderes exige autoconsciência, técnica e disciplina. É preciso ensiná-los a:

  • Reconhecer o impacto da própria voz sobre o time.
  • Trabalhar presença e autoridade concedida, e não apenas a imposta pelo cargo.
  • Ouvir de verdade, fazendo as perguntas certas para entender o que o time quer dizer.
  • Exercitar empatia profunda, conhecendo a história de cada um e adaptando a mensagem ao contexto.
  • Ser radicalmente claro, eliminando ambiguidade e ruído.
  • E, acima de tudo, levar comunicação a sério. Isso passa por ter disciplina e técnica para planejar a forma como se comunicam no dia a dia e nos momentos mais críticos. 

Comunicação para gestores de pessoas na Smart Academy

A Smart é uma agência de comunicação estratégica com 23 anos de experiência, Nosso programa é baseado na Neurociência e em metodologias jornalísticas, como a Pirâmide Invertida e a Brevidade Inteligente. Durante o curso, aplicamos um Survey de Comunicação, desenvolvido a partir de pesquisa da Universidade de Columbia, que pode ser feito como autoavaliação ou 180°.

O programa tem segmentação por níveis hierárquicos, garantindo que líderes e liderados não estejam na mesma turma. São workshops com 4 a 8 horas, repletos de experiências práticas, ferramentas e exercícios customizados.

Cada sessão é adaptada à realidade da empresa e aos desafios específicos de comunicação de cada nível de gestão.

O recado final

Comunicação para gestão de pessoas não é uma soft skill.
É o que sustenta engajamento, confiança e performance, por exemplo. Do mesmo modo, liderar é fazer as palavras virarem direção e a direção virar resultado.

Se a sua empresa ainda tem líderes que falam sem serem ouvidos, ou ouvem sem entender, é hora de agir.

Quer saber como resolver esse desafio na sua organização?

Fale conosco.